
Como chegamos neste estado? Os comerciantes culpam a
prefeitura e a prefeitura identifica o problema como sendo um problema no sistema.
No meio disso tudo, é impossível encontrarmos um bala de prata, aquela que com
um único tiro resolve todos os nossos problemas. Não dá! Simplesmente não dá! E
cuidado com quem diz que o contrário. A maioria dos argumentos são validos e
verdadeiros: os comerciantes precisam trabalhar, se não trabalharem não pagam
os salários e as contas. A prefeitura precisa cuidar para que as pessoas – e isso
não é exagero – morram nos corredores, em casa e que os familiares se aglomerem
na frente dos hospitais esperando um cuidado que por conto do números, não
virá. Além do que, o estado é pago para zelar, sob pena da lei, dos serviços.
Portanto, não há solução fácil. Talvez, a única forma de conseguirmos passar
por isso tudo tentando minimizar nossas perdas, sejam elas de entes queridos ou
econômicas seja o comprometimento. Não há como pensarmos em nossa cidade como sendo
um problema sempre dos outros. Dá pra abrimos o comercio sem que isso interfira
no números de casos? Sinceramente acredito que, sim. Dá pra abrir o comercio
com grupos que acreditam que vivem em um ilha e que o problema de cuidar do vírus
é sempre do meu vizinho? NÃO!
Dá pra
escapar 100% do vírus sempre? Infelizmente, não! Mas quando eu era uma criança,
meus avós e pais sempre me instruíam com a seguinte pergunta: Você tá fazendo
sua parte?! Não? Então, não reclame! É drástico e não pode ser generalizado,
mas nós abandonamos muito do que nossos pais e avós nos ensinaram. E quando a
gente faz isso com naturalidade, corremos o risco de organizarmos uma festinha
clandestina e contribuirmos para disseminar o vírus e depois sermos pegos
gritando pelas ruas contra um lockdown. Enfim...Sem solução fácil, agora é hora
de mantermos a calma, refletirmos e nos cuidarmos. Este nosso estado vai
passar. A questão é: como vamos sair disso tudo? Espero que melhores e cuidando
uns dos outros.